Chascamús, Mar del Plata e Necochea


No nosso planejamento, o primeiro destino depois de Buenos Aires seria Mar del Plata. Mas, ainda na capital argentina, vimos que seria um pouco puxado para a Matilda rodar em um dia os mais de 400km que separavam as cidades. Além do mais, sairíamos da cidade em um domingo, mesmo dia que acontece a Feira de San Telmo, que queríamos tanto visitar mais uma vez. No Hostel, fui procurar uma solução para essa dúvida, traçamos no Google Maps Buenos Aires até Mar del Plata e fomos pesquisando quais as cidades pelo caminho teriam camping, foi aí que ouvimos falar pela primeira vez de uma tal de Chascamús.






A viagem durou pouco mais de 1h, quando chegamos encontramos uma cidade pequena, que reúne todos os seus moradores ao redor de um lago para fazer piqueniques, tomar mate e pescar. O dia estava lindo e rumamos para o Camping Camino del Sol, que estava lotado de moradores fazendo seus churrascos e curtindo a vista do lago. Encontramos o nosso lugar e conforme o dia foi passando o camping foi ficando vazio, até só restar a Matilda.

No outro dia saímos com destino a Mar del Plata, paramos apenas para fazer o almoço e calibrar os pneus. Quando restavam cerca de 50km para o destino final, resolvemos parar e dar carona para duas estudantes que tinham ido para casa, passar o final de semana. Chegamos no meio da tarde e saímos em busca de um camping que havíamos mapeado. O GPS até marcava as coordenadas, mas nada de encontrar. Pedimos informação e uma senhora nos indicou um local, chegando lá vimos que era um "Condomínio" de trailers e motorhomes apenas para sócios e estava fechado, quando estávamos de saída um dos sócios chegou e nos indicou dois campings. Para o primeiro, voltaríamos 12km e para o segundo avançaríamos 12km, optamos pela primeira opção e chegamos no Complejo El Griego.

A vantagem dele para os demais campings da região é que ele estava aberto fora da temporada e tinha um Parque Aquático, que de nada nos interessava, afinal, fazia muito frio. Outro detalhe era uma regra, que dizia que teríamos que passar duas noites, negociamos para uma e resolvemos ficar por lá mesmo. O camping era enorme e além de nós, apenas um grupo de estudantes estava acampando por lá. Inclusive, descobrimos que isso é muito comum nessa época do ano. No Uruguai, em Punta Ballena, também havíamos compartilhado o camping com um grupo de estudantes.



Esse foi o camping  mais caro da viagem até agora e o que nós passamos menos tempo, chegamos a visitar o parque aquático para valer o ingresso, mas os tobogãs já estavam cerrados. Nos preparamos cedo e seguimos viagem até Necochea, outra cidade que não estava nos planos.

Depois de passar dois dias na estrada, pagando por hospedagem e sem conhecer direito os destinos, resolvemos seguir até Necochea, ainda no litoral argentino. Lemos as indicações dos campings e escolhemos o Camping Miguel Lillo, que fica ao lado do parque Miguel Lillo.


Desta vez acertamos na escolha, o camping foi o mais barato e com a melhor infraestrutura até agora. Decidimos que por ali iríamos ficar duas noites, ganhamos um mapa da cidade e saímos para desbravar. No primeiro dia, ventava tanto que era difícil pedalar pelas estradas (desertas) a beira mar. Então, optamos por conhecer o parque e todas as suas árvores. Andamos de bicicleta em algumas trilhas até chegarmos na estrada principal que dá acesso a diversas atrações, como um anfiteatro, dois museus e diversas ruas por entre arvores onde dezenas de pessoas faziam exercícios físicos. Todo o vento, se transformou em uma das temperaturas mais baixas até agora 6ºc. No dia seguinte, aproveitamos um pouco mais o dia no parque e resolvemos seguir pela beira mar até a estrada que leva ao porto e aos lobos marinhos. Chegamos em uma praia linda, com pessoas aproveitando o final de tarde e praticando esportes e dezenas de lobos marinhos, tão próximos que dava pra tocar (mas faltava coragem).









Voltamos para o camping no final da tarde, por ali também dividíamos espaço com crianças de escolas da região. O responsável pelo camping no explicou o quanto isso é comum, agora que o ano letivo está chegando ao fim. AH, e o camping... Acesso a internet de dentro da Kombi, banheiros espaçosos, água quente até para lavar louça, acesso ao mar e bandeira do Brasil hasteada em nossa homenagem. No outro dia, como não é temporada, podemos ficar até a hora desejada, então, arrumamos tudo com calma, preparamos o almoço e seguimos nossa rota.

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